O Uruguai é apenas o 71º colocado no ranking da Fifa, mas nem por isso o jogo passa a ter menos relevância para o Brasil. A seleção charrua é a adversária nesta terça-feira pela segunda rodada da Copa América, a partir de 18h (de Brasília), no Estádio Centenário de Armênia – o SporTV transmite ao vivo, o ge acompanha em tempo real. De acordo com a técnica Pia Sundhage, será um jogo de muita batalha pela bola e com um aspecto treinado com insistência desde a chegada na Colômbia: a saída de bola com pressão do time rival.

“O Uruguai é um adversário bem diferente da Argentina e nós precisamos estar preparadas para lidar com suas características de ataque. Será um jogo duro, com muitas batalhas pela bola, então, o mais importante é jogar de modo a sair da pressão. Movimentar a bola, estar atento ao ângulo quando você tiver a posse. Será difícil e teremos de ser pacientes porque o jogo tem dois tempos de 45 minutos e, desde que a gente consiga se movimentar sem a bola, nós criaremos chances e seremos sólidas na defesa também”, disse.

Luana salienta outro aspecto do jogo adversário. A equipe costuma usar bastante a ligação direta, a bola mais longa e, por isso, segundo ela, é importante ter um maior domínio do meio de campo para que as adversárias não se sintam à vontade na partida.

“Uruguai é um time que faz uma ligação muito direta. Para essa partida vai ser de extrema importância para a segunda bola e a primeira bola. Para a gente tentar recuperar o maior número de bolas e não deixar o meio de campo delas gostar do jogo. Ao mesmo tempo, assim que recuperar essa bola poder fazer ligação com o ataque. Foi o lance do gol da Debinha. Uma bola interceptada no meio de campo, ligação rápida, uma bola bem metida e que a gente possa fazer isso no jogo de amanhã”, afirmou Luana.

Para a goleira Lorena, o importante no jogo é impor o ritmo do Brasil logo no começo. Ela aposta em um jogo mais truncado e de marcação, um estilo desse tipo de competição sul-americana.

“Impor nosso ritmo do começo ao último minuto independente da colocação no ranking da Fifa. Será um jogo duro esperamos impor nosso ritmo. A gente sabe também que jogar contra seleções sul-americanas sempre é um jogo mais duro, truncado. Pretendemos impor nosso ritmo e tentar abrir o placar logo no começo do jogo”, afirmou Lorena.

Do lado do Uruguai, duas atletas são conhecidas das jogadoras que disputam o Brasileiro feminino. Karol Bermúdez e Luciana Gómez atuam pelo Atlético-MG desde o começo da temporada 2022. A técnica do Galo Lindsay Camila detalhou as características de cada uma das suas comandadas.

“Karol é uma atleta bem raçuda com caracaterística uruguaia mesmo Não existe bola perdida. Se ela tiver que ir para o carrinho vai dar se tiver que disputar de cabeça ela vai. Excelente chute de fora da área, tem uma boa visão de jogo lá atrás, uma ótima volante e peça importante do Atlético-MG. Luciana joga como volante, mas tecnicamente tem uma boa visão de jogo, boa bola enfiada. Vira para os dois lados tanto para direita quanto esquerda e também tem um poder de finalização bom. Não tem medo de se entregar também”, afirmou Lindsay.

A seleção brasileira ainda não contará com Geyse nesta terça-feira. Positivada para Covid nos testes prévios à estreia, a jogadora ficará em isolamento até a próxima sexta-feira. O restante do grupo está apto para a partida apesar de Adriana, Ary Borges e Debinha terem permanecido na academia do hotel nesta segunda-feira. Pia Sundhage deve jogar com Lorena; Fê Palermo, Tainara, Rafaelle, Tamires; Angelina, Ary Borges (ou Luana), Adriana e Kerolin; Bia Zaneratto e Debinha.

O Brasil lidera o Grupo B com a Venezuela na segunda colocação. O Uruguai está em terceiro com a Argentina em último.

Fonte: Globo Esporte