O documentário Tarumã: o antes, o agora… e o depois? idealizado pelos estudantes do Centro Universitário do Norte – Uninorte, na área de jornalismo, José Henrique,57, Josias Siqueira, 30 e Jefferson Queiroz, 29, chama atenção para a degradação ambiental na área o Igarapé do Tarumã, local que já foi ponto turístico nas décadas de 70 a 90.
Apesar de já vastamente divulgado pela imprensa local, o estado de abandono da área em questão chamou nossa atenção para este documentário jornalístico pelo fato de que, segundo especialistas em meio ambiente, ainda é possível uma revitalização, havendo inclusive a existência de projetos que estão parados, à espera de recursos para sua implementação. De acordo com Josias Siqueira, “A escolha do tema se deu após visitas frequentes a essa parte da Zona Oeste, especificamente as cachoeiras baixa e alta, esta também chamada “Cachoeira das almas”, em que pudemos constatar o estado de degradação ambiental presente numa área que já recebeu muitos turistas no passado”, afirma o estudante.
Outra motivação para este nosso trabalho é a obstinação e a esperança que norteiam o discurso das pessoas que lá vivem: todos demonstram ainda esperar que o poder público trabalhe para evitar a degradação total e permanente, o que certamente inviabilizaria suas atividades e permanência no local, o processo de pesquisa é narrado por José Henrique,“realizamos algumas filmagens da área degradada e colhemos depoimentos de moradores/comerciantes, aos quais agradecemos antecipadamente pela acolhida e informações dispensadas. Também utilizamos imagens e áudios de arquivo, pois um dos nossos objetivos aqui é contrapor o antes e o depois: a época em que os manauaras se deleitavam nas tardes de domingo no Balneário do Tarumã e da Cachoeira Alta e a visão deprimente que temos agora ao passar pela via de acesso a esses locais, no intuito de chamar a atenção daqueles que podem e devem agir para tornar as condições de vida da população muito melhores agora e no futuro”, disse o acadêmico.
O objetivo do documentário jornalístico consiste em tornar pública a nossa visão sobre a já fartamente reportada degradação das cachoeiras do Tarumã e entorno; bem como dar voz ás pessoas que ali vivem e ainda tiram do lugar, ainda que precariamente, o seu sustento diário. O finalista do curso de jornalismo Jefferson Queiroz, conta o processo de pesquisa, “nossa equipe documentou com fotos, vídeos e entrevistas a situação ambiental atual, confrontando com imagens de arquivo para buscar argumentos bastantes no sentido de que ainda seja possível uma revitalização da área, aproveitando os projetos já existentes, como o Parque Cachoeira Alta – esses anseios estão bem presentes nas falas dos nossos entrevistados. Nossa proposta, basicamente, é mostrar o Tarumã antigo, o do presente, e abrir o debate e soluções para uma possível e esperada revitalização”, afirma o estudante.
Os moradores, comerciantes e os visitantes da área são os personagens desse documentário, eles relatam o sofrimento diário com os problemas de infraestrutura, transporte, saúde e segurança, comuns a toda população das cidades que cresceram sem um ordenamento socioeconômico e ambiental, mas que parecem muito mais alarmantes numa cidade cortada por igarapés, como é Manaus.
O objetivo principal é trazer um novo olhar da sociedade amazonense sobre a degradação da área em questão em face dos problemas socioeconômicos, ambientais e sanitários que a população local enfrenta há vários anos. Para José Henrique, “toda vez que se inicia um ciclo, também renovam as esperanças; elas estão presentes nas falas dos moradores, a utopia de ver as cachoeiras do Tarumã revitalizadas”.
Confira o documentário na íntegra: https://youtu.be/pqWoSLTUNA4


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